Caminhe na sua estrada, de mãos dadas com as suas circunstâncias
Nós não somos inteiros, reconheça seu vazio.
Não há certeza de completude, somos seres faltantes, incompletos. Há quem viva buscando algo que se encaixe e preencha por inteiro. Há quem ignore a falta.
Olhar nos olhos da própria finitude pode ajudar a entender que a vida não está terminada e completa, ela é um constante gerúndio. Estamos sempre sendo, vivendo, buscando. Somente o fim da existência traz a conclusão dos verbos e lhes tira o movimento.
Sentir-se pleno é flutuante, efêmero, e aí está a delícia desse sentir. Como uma borboleta que pousa em você por alguns instantes, como um frescor, uma brisa no calor. Uma sensação de alívio que, se fizer morada, perde a leveza e a doçura que nos proporciona.
As condições perfeitas para ser feliz? Não existem.
Caminhe na sua estrada de mãos dadas com suas circunstâncias e, mesmo que com dificuldade, contemple o caminho!